Resumo: |
Neste trabalho, amostras de óleo refinado de
milho, com e sem antioxidante ácido cítrico, foram
submetidas a estresse térmico em 180ºC durante um tempo
máximo de 30 horas contínuas. As amostras termoxidadas
foram analisadas pelas seguintes técnicas de caracterização
óptica, térmica e termo-óptica: absorção
no infravermelho médio, absorção no UV-Vis,
fluorescência visível, calorimetria de relaxação
térmica, interferometria óptica e espectrometria de
lente térmica (LT). Com exceção do infravermelho
médio, que é um método padrão de
avaliação da qualidade de óleos, as demais
metodologias foram empregadas pela primeira vez para este propósito,
objetivando-se com isso avaliar suas potencialidades para
diagnosticar o efeito oxidativo, bem como a influência do
antioxidante ácido cítrico na manutenção
da qualidade dos óleos. Os resultados obtidos pelas
espectroscopias de absorção no UV-Vis e no
infravermelho mostraram que as amostras sofreram alterações
estruturais durante as 30 horas de aquecimento, o que ocorreu
independente da presença, ou não, do ácido
cítrico. Ademais, os resultados de fluorescência no
UV-Vis mostraram-se muito semelhante ao comportamento dos índices
de peróxidos, índice relacionado à degradação
dos óleos. Os resultados das propriedades termo-ópticas
obtidos pela LT, como a difusividade térmica, mostraram a
ocorrência de transformações nas amostras com o
tempo de aquecimento, em especial no tempo entre 0 e 20 horas. Esta
observação sugere que pela LT é possível
detectar as reações de termo-oxidação,
como a quebra de moléculas ou agregados moleculares
provavelmente presentes na amostra como conseqüência do
aquecimento. Em conclusão, os resultados mostraram que as
técnicas empregadas são rápidas, sensíveis
e precisas e tem potencial para colaborar com o estudo do controle da
qualidade dos óleos comestíveis.
Chaves chaves: Oleos vegetais. Termo-oxidação. Propriedades Ópticas Térmicas. Termo-Ópticas.
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