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Título da Tese: VIDRO ALUMINOSILICATO DE CÁLCIO DOPADO COM Ti3+ OU Ce3+ PARA GERAÇÃO DE ALTA TAXA DE LUMINESCÊNCIA E DE LUZ BRANCA INTELIGENTE
Nome do Aluno: ANDRESSA NOVATSKI
Banca Examinadora: Mauro Luciano Baesso (orientador)
Gerson Kniphoff da Cruz (UEPG)
Luís Humberto da Cunha Andrade (UEMS)
Luiz Antonio de Oliveira Nunes (USP de S.Carlos)
Luiz Roberto Evangelista (UEM)
Data da Defesa: 17/04/2009
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Resumo: O objetivo deste trabalho foi desenvolver vidro aluminosilicato de cálcio dopado com Ti3+ com a perspectiva de se obter alta taxa de emissão luminescente no visível, e dopado com Ce3+ para geração de luz branca inteligente. Várias técnicas espectroscópicas foram empregadas para se avaliar como o processo de fusão, a composição do vidro base e a concentração dos dopantes influenciaram as propriedades luminescentes das amostras. As composições desenvolvidas foram (% em massa): 31,4-47,4 de CaO; 25,5 – 41,5 de Al2O3; 7-39 de SiO2 e 4,1 de MgO. Para obter amostras com Ti3+ ou Ce3+ a fusão foi realizada a vácuo e com diferentes concentrações dos óxidos TiO2 e CeO2. Para as amostras dopadas com TiO2. Os resultados mostraram uma intensa luminescência em 650 nm, que só ocorreu nas amostras com baixa concentração de sílica. Além disso, esta emissão apresentou um tempo de vida longo, de ~170µs em temperatura ambiente e de ~2ms em 77K. Este valor na temperatura ambiente é aproximadamente duas ordens de grandeza maior do que aqueles relatados na literatura para outros vidros dopados com Ti3+ ou para os monocristais comerciais de Ti:safira. Os estudos espectroscópicos foram então realizados para se elucidar esse comportamento da luminescência das amostras com Ti3+. A partir dos resultados espectroscópicos foi possível propor um modelo para explicar os mecanismos envolvidos no processo de luminescência, o qual prevê que o tempo de vida longo pode ser associado ao aprisionamento dos elétrons excitados por defeitos estruturais do vidro, seguido por relaxação via recombinação de defeito. No caso das amostras dopadas com CeO2 observamos emissão em torno de 410nm para excitações entre 270 e 350nm e outra em torno de 550nm, para excitações em 405nm. Essas duas emissões foram atribuídas ao íon Ce3+ em dois grupos de sítios distintos na estrutura do vidro. Essa emissão no amarelo ainda não tinha sido observada em vidros e mais uma vez, como ocorreu para o titânio, foi intensa somente nas amostras com baixa concentração de sílica. A partir das medidas de luminescência resolvida no tempo foi possível analisar as coordenadas de cromaticidade desta emissão na região de 550nm, que combinadas com as emissões de LEDs em 365 e/ou 405nm podem ser empregadas para geração de luz branca de cores e intensidades sintonizáveis, ou seja, para obtenção de fonte de luz branca inteligente. Em conclusão, demonstramos que somente o vidro com baixa concentração de sílica e fundido a vácuo apresenta intensa luminescência tanto dos íons Ti3+ como dos Ce3+, o que provavelmente se deve à natureza da estrutura e do campo ligante desta composição. Estes sistemas poderão proporcionar novas aplicações para este sistema, como emissão laser sintonizável no visível e geração de luz branca inteligente.

Palavras chaves: Vidros. Luminescência. Luz Branca