Resumo: |
Pós
de rochas basálticas foram coletados em pedreiras de três
municípios do Paraná, submetidos à
separação magnética e, a seguir, tamisados. A
fração dos pós menor que 0,020 mm foi,
então, tratada quimicamente e termicamente, objetivando
reproduzir em laboratório as condições do
intemperismo natural. O tratamento químico aplicado consistiu em
manter os pós constantemente umedecidos numa
solução de HCL, com pH 5, durante 6 meses.
Já o tratamento térmico foi realizado nas temperaturas de
500 °C e 800 °C, durante 4h, em atmosfera livre. As amostras,
em todos os estágios de preparação, foram
caracterizadas por microscopia eletrônica de varredura,
espectroscopia Mössbauer e difração de raios-X. Os
resultados mostraram que as amostras como-coletadas são
quimicamente constituídas por silício, cálcio,
alumínio, magnésio, ferro, titânio e
potássio, majoritariamente, presentes na forma de silicatos e
óxidos. A parte separada magneticamente revelou um aumento
significativo na concentração de ferro e,
consequentemente, na presença de óxidos e silicatos deste
elemento. As amostras tratadas por via úmida ou as tratadas
termicamente a 500 °C não revelaram alteração
química ou estrutural considerável nos compostos de
ferro, indicando que o período de tratamento e temperatura ou
ambiente químico utilizado não induziram efeitos
observáveis de intemperismo. Diferentemente, o tratamento
térmico conduzido a 800 °C transformou significativamente os
óxidos de ferro, aumentando a concentração de
hematita e formando pseudobrookita, além de outros compostos que
não contêm ferro, resultantes deseparação de fases. |