Resumo: |
As
ferritas de bário, como imã permanente, são
amplamente usadas em indústrias eletrônicas devido a suas
excelentes propriedades magnéticas. Ferritas de bário
foram obtidas usando moagem de alta energia com subseqüente
tratamento térmico. As amostras foram caracterizadas por
difração de raio-X, Espectroscopia Mössbauer,
magnetização, microscopia eletrônica de varredura e
termoeletroresistometria. Uma monoferrita de bário (BaFe2O4)
cerâmica foi obtida a partir da moagem do carbonato de
bário (BaCO3) e hematita (Fe2O3), seguida de tratamento
térmico variando a temperatura de 900 -1050ºC. O espectro
de Mössbauer, a 300 K, foi ajustado com um sexteto. Já o
espectro Mössbauer de BaFe2O4 a 4.2 K, mostra um alargamento da
linha e o ajuste deste espectro foi feito com dois sextetos. Os
difratogramas de raios X para todos os pós obtidos da moagem de
óxido de bário (BaO) e hematita (Fe2O3), com
subseqüente tratamento térmico mostroram a
formação das fases de hexaferrita (BaFe12O19) e
monoferrita de bário. O espectro Mössbauer para a amostra
tratada a 1050 ºC foi ajustado com seis sextetos discretos, cada
um correspondendo a um dos cinco sítios cristalográficos
da hexaferrita e um da monoferrita. Ambos os materiais possuem alta
coercividade sendo interessantes para aplicações como
ímãs permanentes e dispositivos de gravação
magnética. As medidas realizadas pelo sistema de
termoeletroresistometria mostram que é possível usar a
monoferrita de bário como sensor de gás do estado
sólido.
Palavras-chaves: Ferritas. Bário. Sensor de gás. Mössbauer
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